terça-feira, 6 de maio de 2008

O que é PJ? (Moisés Cargnin)

A organização juvenil é bastante antiga. Em 1925 na Bélgica, Pe. Joseph Cardjin organiza jovens operários que estavam sendo explorados no seu trabalho fabril, proporcionado pela Revolução Industrial. Esse grupo passa a ser identificado como Juventude Operária Católica (JOC). No Brasil, Dom Hélder Câmara, na década de 30 introduz essa forma de trabalhar com os jovens e em 1935 criam-se as especificas: JUC, JEC.
Na década de 60, os jovens operários tiveram grande participação política frente à repressão militar, passaram, então a ser perseguidos e torturados. A Igreja também não conseguiu entender a proposta dos jovens e em 1966 a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) desfaz a JUC e a JEC. A JOC não é destituída por ter uma instituição internacional.
A partir de então a juventude é encaixada na pastoral de conjunto da Igreja. Sendo assim a Pastoral da juventude passa a integrar um setor da CNBB, responsável pelo desenvolvimento de ações conjuntas e organizadas na Igreja, tendo o jovem como protagonista de sua evangelização e de outros jovens. A PJ deve fortalecer e favorecer essa formação juvenil. Neste sentido a PJ precisa ajudar o(a) jovem a pensar, falar e decidir por si mesmo, aprofundando sua fé, dando sentido para sua vida, engajando-se na construção de um mundo melhor, enfim, toda ação organizada, seja ela reunião, celebração, festa, encontros, são pastoral. Os grupos de jovens são o grande espaço e instrumento pedagógico (formativo e educacional), pois é ai onde se desenvolvem as relações humanas e experiências organizacionais (de encontros, reuniões, passeios...).
(Um bate-papo) Poderemos reconstruir a história da PJ na diocese...lembrar fatos, pessoas, espaços...
A PJ não é responsável em:
· intervir de forma direta e ditatorial nas decisões das comunidades ou paróquias. Ela tem espaço e é parte dela;
· formar “grupinhos” fechados de amigos ou organizar-se em forma de clube.
A PJ deve atuar:
· nas comunidades de forma representativa e ativa.
· na elaboração de subsídios de estudos e aprofundamentos a respeito da vida do jovem no grupo, na escola, na comunidade e na sociedade.
· na conscientização da juventude quanto ao seu papel de cristão e cidadão na tarefa de construir um mundo justo e fraterno.
· na formação pessoal e espiritual do jovem, sendo espaço para criatividade artística, para partilha de vida pessoal e organização de serviços desinteressados à comunidade.

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