quarta-feira, 30 de julho de 2008

Metodologia de trabalho

1 – VER – é o momento que tomamos consciência da realidade a partir dos fatos concretos da vida cotidiana; isso é importante para nossas futuras ações transformadoras direcionadas para as raízes dos problemas.
2 – JULGAR – aqui nós analisaremos os fatos que vimos. Sempre faremos isso a partir da Palavra de Deus, uma vez que, nosso objetivo é alcançar a proposta libertadora do mundo que o Povo de Deus vivia e também porque visamos construir uma sociedade de acordo com o projeto de Deus.
3 – AGIR – este é o momento da concretização, da ação transformadora, o que se compreendeu acerca da realidade (ver) e o que se descobriu do Plano de Deus sobre ela (julgar). É o nosso compromisso, nossa prática. Importante ressaltar que essa prática deve envolver a participação de todos, não se restringindo à esfera pessoal, mas procura incidir de fato na realidade social. Como agentes transformadores, nós somos fermento na massa, fazemos da nossa própria vida um testemunho de fé da presença de Jesus Cristo na vida e na história. Sendo agentes transformadores nós estamos colaborando ativamente na construção do Reino de Deus, da civilização do amor.
4 – REVER – é o momento de avaliar. É tomar consciência hoje do que foi feito ontem para melhorar a ação de amanhã. A avaliação é super importante, ela enriquece e aperfeiçoa a própria visão da realidade e, ao mesmo tempo, sugere ações novas, mais profundas, críticas e realistas. A avaliação valoriza as conquistas alcançadas, permite experimentar a alegria pelo caminho percorrido, torna consciente o crescimento dos jovens participantes tornando comum as experiências vividas por cada um que compartilha o mesmo compromisso. Sem avaliação, a ação deixa de ser transformadora, não se valorizam os avanços nem se aprende com os erros, não se estimula novas ações, o grupo pára e morre.
5 – CELEBRAR – para o cristão, fé e vida estão integrados. Por isso, deve-se celebrar as vitorias, as conquistas e os fracassos, as alegrias e as tristezas, as angústias e as esperanças, a vida do grupo. Celebrando a vida concreta, reconhece-se a presença de Deus Libertador. A celebração fortalece a fé.

A metodologia da Pastoral da Juventude

“O caminho se faz ao caminhar. Mas, não basta coragem para caminhar. Temos que saber a arte de caminhar. Temos que dominar o jeito de caminhar!”

Clareando as Palavras

A raiz da palavra método está na língua grega, e é composta de duas palavras, uma delas é “meta”, que significa percorrer. A outra palavra é “ódos” que significa caminho ou trilha. Assim, quando falamos em método estamos nos referindo ao caminho que podemos percorrer para chegar a um determinado objetivo.

META + ODÓS = Método

Às vezes usamos a palavra Metodologia. Esta palavra tem a sua raiz na palavra método acrescida de mais uma: “logia”, que significa estudo. Portanto, Metodologia é o estudo do caminho, ou melhor, o estudo de um caminho. É o estudo do jeito de fazer alguma coisa.

META + ÓDOS + LOGIA = Metodologia

O nosso jeito de trabalhar se baseia na prática de nosso mestre Jesus de Nazaré. Por isso trabalhamos em grupo. O nosso método de trabalho é praticado da seguinte forma:
VER – JULGAR – AGIR – REVER – CELEBRAR

segunda-feira, 28 de julho de 2008

RELATÓRIO DO ENCONTRO DE FORMAÇÃO - DOMINGO – 20 DE JULHO

O despertar no domingo foi ás 7:30 horas. O café da manhã foi servido as 8:00 horas e as 9:00 horas nos encaminhamos para a Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida para celebrar junto à comunidade a missa no dia do amigo. Retornando ao Centro de Pastoral, fomos agraciados com o lanche e logo em seguida foi dado início aos trabalhos, com as apresentações teatrais propostas na noite de sábado. A assessora Cida comentou cada tipo de liderança enfatizando a questão de que encontraremos todos esses tipos em nossa caminhada. Após isso, nos dirigimos para o jardim do Centro de Pastoral onde partilhamos inicialmente um pouco do que achamos do encontro e depois Cida comparou as lideranças com um giz, uma garrafa e uma esponja, destacando que o melhor líder é a esponja, pois mesmo tentando esgotar toda a água que ele tem, sempre sobra um pouquinho que pode molhar vários cantos. Cida também orientou uma dinâmica onde cada um falava o que ia levar do encontro para sim e depois cada um ia pegando no dedão do outro, para representar a união do grupo. Por fim, Cida orientou que cada um pegasse um adesivo da PJ e entregasse a pessoa que mais o cativou. Assim encerramos as atividades da manhã de domingo e nos dirigimos para a Cripta da Igreja Matriz para o almoço. À tarde retornamos às atividades às 14:00 horas. Foi dado início aos assuntos aleatórios, preparados pelas jovens Elisiane, Nailê e Carolina. Concluída essa etapa, fizemos a avaliação do encontro de formação conforme a dinâmica do “Quem Bom! Que Pena! Que Tal?”. Concluída essa etapa nos dirigimos para a Capela onde foi feito o envio. Assim concluímos mais um encontro de formação da PJ.
“Pastoral da Juventude! Nossa ferramenta de Luta e Ação!”

RELATÓRIO DO ENCONTRO DE FORMAÇÃO - SÁBADO – 19 DE JULHO

Despertamos no sábado às 7:00 horas para nossa higiene e o café da manhã foi servido as 8:00 horas. Logo depois do café tiveram início os trabalhos da manha. Começamos com um canto e logo em seguida a assessora Aparecida trouxe uma nova coreografia para mexer um pouco com os músculos. Logo depois, conforme orientação da assessora na noite de sexta-feira, juntamos os grupos de cada localidade para a formação do símbolo que representasse a realidade a qual estavam inseridos os jovens. Assim, depois de apresentar o símbolo cada grupo colocou em poucas palavras a realidade da juventude em suas comunidades. Concluída essa etapa, a assessora Cida trouxe-nos uma dinâmica para a diferenciação entre MÉTODO e METODOLOGIA, objetivando um maior entendimento e uma eficaz compreensão da forma de trabalho da Pastoral da Juventude. A dinâmica procedeu da seguinte forma: em dois círculos sobrepostos, os que estão dentro, viram-se e de duplas discutem os significados das palavras. Trocam-se as duplas e segue-se o mesmo procedimento. Depois, em grupos, todos conversam sobre o que foi comentado entre as duplas e partilham para o grande grupo. Concluída essa etapa, a assessora Cida fez breves comentários e nos dirigimos para o intervalo e lanche. Na volta aos trabalhos, assistimos um vídeo bem divertido sobre a saga de Josef Climber. Depois, em grupos partilhamos um pouco sobre a passagem bíblica dos discípulos de Emaús e um grupo de jovens apresentou no bosque a passagem bíblica em forma de encenação teatral. Fizemos mais alguns comentários quanto aos métodos utilizados por Jesus para falar com os discípulos. Encerramos as atividades da manhã e nos dirigimos a Cripta da Igreja Matriz para o almoço. Retornamos as atividades a tarde as 13:30 horas. Logo no inicio cantamos mais alguns cantos e a assessora Cida conclui as reflexões da manhã dando os parâmetros completos sobre o que é a metodologia da Pastoral da Juventude. Cida ainda passou-nos um vídeo intitulado O Poder da Visão e depois orientou uma dinâmica em grupos, onde a tarefa era sair à rua e entrevistar duas pessoas quanto a visão que elas tem do jovem portelense na atualidade. Uma pessoa maior de quarenta anos e uma bem jovem. Depois foi partilhado para o grande grupo cada uma das entrevistas. Logo após as entrevistas fizemos o intervalo e o lanche. No retorno aos trabalhos, partilhamos as entrevistas. Feito isso, Cida orientou-nos a retornar aos grupos e discutir as maneiras que a Pastoral da Juventude pode mudar o quadro dos jovens portelenses. Partilhamos os diálogos e partimos para a dinâmica do boneco. Em três grupos, cada um tinha a tarefa de montar um boneco, porém, o primeiro foi dividido e cada individuo desenhou uma parte diferente. O grupo dois, desenhou alguns elementos do boneco separadamente e o grupo três desenhou o boneco completo. Depois apresentamos os bonecos e discutimos o tipo de grupo que cada um configurava. Assim encerramos as atividades da tarde e fomos para o intervalo de banho e descanso. As 19:00 horas retornamos com o jantar, servido no salão do Centro de Pastoral. Voltamos aos trabalhos com cantos e coreografias propostos pela Cida. Após sentamos em um grande circulo e conversamos um pouco sobre o encontro até o momento. Em seguida fomos orientados a fazer a dinâmica do guia, onde começamos o trabalho em duplas. Procedia da seguinte forma: quem estava a frente fechava os olhos e o de traz o guiaria com batidinhas no ombro. Depois juntamos três duplas, depois dois grupos e no fim apenas um. Concluída a dinâmica falamos das dificuldades da tarefa. Recebemos a visita do administrador diocesano Monsenhor Luis Dalla Costa e do pároco de Tenente Portela, Guido Taffarel que incentivaram nosso trabalho enquanto PJ. Depois da visita, Cida orientou-nos a distribuir-nos em grupos e nos passou tipos de coordenadores para que fizéssemos uma análise e apresentássemos em forma de teatro no domingo para o grande grupo. Após algum tempo demos início a integração com brincadeiras de mímica, cantos e outras. Finalizamos a noite com o momento da mística na capela e fomos para os dormitórios para o descanso.

RELATÓRIO DO ENCONTRO DE FORMAÇÃO - SEXTA-FEIRA – 18 DE JULHO

Iniciamos o Segundo Encontro de Formação na sexta-feira, 18 de julho, recepcionando os jovens desde as 17:00 horas. Abrindo caminho aos trabalhos, as 20:30 horas dirigimo-nos ao refeitório junto ao Centro de Pastoral para oração e jantar. As 21:30 horas foi dado início aos trabalhos do Encontro com a apresentação da coreografia da canção “Quem é esse que me chama” pelo grupo de meninas da Paróquia de Tenente Portela. Após o termino da apresentação a PJ de Santo Augusto fez a cerimônia de Acolhida, onde foi proposto o convite a uma festa. O orientador da dinâmica – Paulo – passou de um a um pedindo se este gostaria de ir a uma festa, pedia o nome do indivíduo e o que ele levaria para essa festa. A intenção da dinâmica era despertar a percepção do grupo quanto à lógica de levar algo para a festa que tivesse como a letra inicial a letra de seu próprio nome (exemplo, Alexandre levaria a Alegria). Concluída a primeira parte da dinâmica, todos receberam o crachá de identificação, onde preencheram com o nome e a paróquia a qual faz parte. O orientador deu prosseguimento ao trabalho explicando que era para cada um virar seu crachá e colocá-lo nas costas com o objetivo de que os outros escrevam no crachá o que esperam e procuram nesse encontro de formação. Depois disso, foi distribuída uma semente para cada jovem do grande grupo e na seqüência foi proclamado o Evangelho da Parábola do Grão de Mostarda, fazendo a reflexão de que cada um de nós precisa cuidar do seu grão de mostarda para provar a importância de também cuidar do que é importante para nós como é o caso de cuidar do que é trabalhado no encontro de formação. Concluída essa etapa da dinâmica de acolhida passamos para os encaminhamentos. A principio, foi realizado o sorteio dos quartos, a fim de desmanchar os grupinhos de aproximação e aumentar a interação entre todos os jovens. Depois foram orientados alguns princípios quanto o zelo com a casa e a postura de cada um durante os três dias do encontro. Feito isso, passamos para a escolha das equipes de trabalho que são as seguintes: horários, animação, limpeza, chimarrão, ambiente, louça e oração. Depois desse processo, foi apresentado o Blog PJ Interativa e apresentados os dados da avaliação do encontro passado. Concluída mais essa etapa, a assessora Aparecida Montana, encaminhou uma tarefa para a noite, pedindo para que cada um pensasse em um símbolo que represente a realidade de seu grupo de base. Assim, concluímos as atividades da noite de sexta-feira com uma breve oração e nos encaminhamos para os dormitórios para o descanso.

domingo, 27 de julho de 2008

Fotos e Fatos do Segundo Encontro de Formação

Trabalhos em grupo: a melhor forma de interagir
Ver! Julgal! Agir! Rever! Celebrar! - Eis a metodologia desses jovens da PJ.

Durante três dias fomos agraciados com os conhecimentos da Aparecida, que trabalhou excelentemente bem a questão da metodologia da PJ.











terça-feira, 8 de julho de 2008

Venha para o 2º Encontro de Formação sobre a Metodologia da PJ




Nos próximos dias 18, 19 e 20 de julho estará acontecendo o 2º Encontro de Fromação sobre a Metodologia da Pastoral da Juventude. O encontro será em Tenente Portela, nas depêndencias do Centro de Pastoral. O início está marcado para as 19:00 horas do dia 18, sexta-feira. Os participantes deverão levar materiais de higiêne pessoal, materiais de anotação, forro de cama, cobertores (em caso de baixa temperatura), e R$ 15,00 para suprir os gastos com pernoite e alimentação.

Todos estão convidados!!!

Venham fazer cada vez mais da PJ a nossa ferramenta de luta e ação dentro da sociedade!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Organização e linguagem usada na PJ

(Refletir sobre o sentido da PASTORAL. Alguém conta o texto de Jo 10,1-6)
Por que Pastoral! (Pastoral vem da palavra Pastor. Pastor é aquele que conduz e caminha com as ovelhas rumo a pastagem e as fontes de água. Cf. Jo 10, 12ss).
PJ = Pastoral de Juventude ;
PJB = Pastoral da Juventude do Brasil;
PJE = Pastoral da Juventude Estudantil;
PJU = Pastoral da Juventude Urbana;
PJR = Pastoral da Juventude Rural;
PJMP = Pastoral da Juventude do Meio Popular;
OP = Organização Própria;
CNAPJ do B = Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da Juventude;
CNPJ = Comissão Nacional da Pastoral da Juventude;
CRA = Coordenação Regional de Assessores;
CDJ = Coordenação Diocesana da Juventude. É formada por um jovem de cada paróquia;
CRPJ
CPJ
ADPJ = Assembléia Diocesana da Pastoral da Juventude;
ASSESSORES = Pessoas que contribuem, pela experiência e teoria, os jovens a se organizar, refletir e alimentar a espiritualidade da Pastoral da Juventude. Essas pessoas auxiliam, assessoram encontros e na elaboração de subsídios;
LIBERADOS DIOCESANOS = são jovens liberados para coordenar os trabalhos da PJ em nível diocesano e é remunerado pelo serviço que realiza. A remuneração é assumida pelas paróquias;
DNJ = Dia Nacional da Juventude. Acontece no último Domingo de outubro;
MISSÃO JOVEM = é uma ação planejada e concretizada pela juventude, que visa dar testemunho de sua fé, anunciando Cristo ressuscitado a outros jovens. É uma missão da Igreja, com uma opção preferencial pelos jovens e pobres. Como jovens de fé somos chamados a realizar a mesma missão evangelizadora confiada por Jesus à sua Igreja.
ESCOLA DA JUVENTUDE = momentos de encontros formativos com temas específico

Qual é a metodologia da PJ?

(Lc 24,13-35 \ encenar. Importante lembrar dos REGISTOS. Refletir sobre o sentido – fazer uma analogia – da metodologia. Para TRANSFORMAR.)
Metodologia é um jeito, um caminho utilizado para se alcançar um objetivo. A PJ utiliza o método Ver-Julgar-Agir e celebrar.
O Ver é a percepção da realidade da vida, onde o jovem observa tudo: fatos, acontecimentos, ações... “Os fatos, porém, não são observados e mensurados conforme os postulados das ciências naturais. Não são ‘coisas’. Os fatos são acontecimentos relacionados com outros fenômenos. São causados e geram conseqüências.”[1] É importante registrar, escrever o que se observa, pois isso permite um olhar mais objetivo e sistemático da realidade.
Tudo isso é importante no Ver, mas o mais relevante é a postura do jovem, neste momento. Que o jovem não seja um mero profissional estatístico ou laboratorial e sim deixe falar a lógica do coração para sentir na sua profundidade o sofrimento de nossos irmãos trabalhadores e todo o nosso povo.
Para Ver é preciso se desarmar de todo pré-julgar e alimentar um espírito de pesquisa e investigação, de si e da realidade, questionando permanentemente: o que está acontecendo ao nosso redor? Na família? No bairro? No trabalho? Que tipo de relação existe entre os colegas de trabalho ou entre os vizinhos? Só assim é possível perceber que há coisas que acontecem e dizem respeito a mais de uma pessoa, ou seja, que é comum a outras.
O Julgar é fazer uma profunda análise da realidade a partir da vida concreta e particular do jovem. É confrontar o objetivo, o ideal, a utopia, o como deveria ser, com as condições reais que estamos vivendo. É perceber se a realidade vivida satisfaz e realiza a pessoa humana, o jovem. Neste confronto requer-se do jovem a expressão do seu pensar diante da realidade, isso vai ajudar no seu crescimento crítico, responsável e criterioso. No ato de confrontar é importante saber ouvir a opinião dos outros. É bom ter uma visão antropológica cristã, segundo o Evangelho, bem como não esquecer dos valores e direitos humanos, tais como: a participação e a comunhão.
Ao Julgar a situação ou realidade, “os jovens começam a descobrir que estes problemas não são normais.”[2] Então partem em busca das causas dos fatos e refletem com os companheiros de trabalho ou grupo a fim de perceber a possibilidade de mudança.
Diante da realidade vista e confrontada, havendo possibilidade de transformação, busca-se planejar uma ação.[3] A ação é planejada, a partir da necessidade sentida pelos jovens, e desenvolvida em conjunto com os jovens envolvidos na situação a ser transformada. Assim, o objetivo torna-se comum: transformar para responder à necessidade almejada. Através da ação planejada, que transforma, forma-se consciência e sentimento de classe (grupo). É importante perceber que o ponto de partida da tarefa educacional e formativa, é o agir, ou seja, a tarefa prática. Transformar transformando-se. Evangelizar evangelizando-se.
O celebrar é a comemoração festiva das ações desenvolvidas. O momento celebrativo deve impulsionar para um novo agir, que começa pelo ver a realidade.
Obs.: os passos não estão desligados, estanques, soltos, mas andam juntos, simultaneamente, formam um conjunto.
[1] Elli BENINCÁ, As origens do planejamento participativo no Brasil, AEC, nº 64, p.12.
[2] Luís Carlos BORTONCELLO, A conscientização política através do método Ver, Julgar e Agir, p. 08.
[3] No ato de planejar, geralmente, segue-se o seguinte esquema: o que? Como? Quem? Quando? Onde?

“A águia e a galinha”

Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. A águia comia milho e ração para galinhas, embora fosse o rei de todos os pássaros. Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é falinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não, retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia, pois tem coração de águia. Esse coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiou-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Susurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...
Leonardo Boff

ESCOLA DA JUDENTUDE – PJ 2008

- Mística
- Apresentação: Motivar a dinâmica do ‘terremoto’. Quem fica fora imita um animal indicado pelo grupo. Depois de um tempo de brincadeira o ‘trio’ (parede e inquilino) entrevistam-se entre si, perguntando: nome; cidade; se é do meio urbano, rural ou estuda; que grupo participa; qual idéia de Pj que tem; o que espera da escola.
- Análise de conjuntura: perceber o mundo que nos rodeia; sentir a realidade juvenil da diocese e brasileira; (dinâmica de pequenos grupos que conversam e elaboram manchetes – pode ser uma em nível nacional, outra regional e uma diocesana).
- Como vemos nossa realidade? Quais são as causas?
- Que conseqüências tem para nossa vida?
- Quais são as perspectivas? Existe saída? Sonhos de mudança?

CAUSAS:
- Pensamento único: fora do mercado não há vida (capitalismo, neoliberalismo orientam: disciplina fiscal, reforma tributária, taxa de juros, taxas de câmbio, abertura comercial investimento direto estrangeiro, privatizações...).
- Estado mínimo: retirar o Estado das atividades e dar total liberdade ao mercado (privatização – a INFRAERO, saúde e educação, principalmente os bancos: Caixa Federal e Banco do Brasil), mas que o Estado sirva de aparato defensivo ao capital (militarização) – cf. sítio do IHU (Instituto Humanistas Unisinos).
- O novo plano é ter o mínimo de regularização e por limites na liberdade do mercado.
- Poder financeiro “senhor” do mundo. É a locomotiva do Estado. Segundo Hollway, “a tomada do Estado como ponto de partida para mudar as coisas é uma luta perdida desde o inicio” (segeral@mst.org.br). Para ele a relação de poder é muito complexa. O Estado é um conjunto de relações de poder (força). Porém, quem detém o Estado não detém o poder, mas precisa lidar com as relações de poder.
- Impunidade (CPIs deram em que!);
- A política é palco de luta pelo poder econômico e não mais de denuncias e transformações; a política (tudo) esta subordinada a economia: “A economia colonizou a política”.
- Os problemas sociais (fome, desemprego, saúde, educação, indígenas, natureza...), não estão em pauta, mas sim o lucro financeiro;
- Para o presidente Lula é bom que o sistema financeiro esteja bem. Diz ele: “Graças a Deus o sistema financeiro esta ganhando”.
- Há uma confusão/ um embaralhamento entre direita e esquerda;
- Drogas, o poder do narcotráfico;
- A lei do mercado, oferta<-> procura, produção <-> necessidade;
- Desemprego;
- Corrupção;
- Dívida social;
- Falta vontade política para resolver, estruturalmente, os problemas brasileiros. O Brasil esta preocupado com o crescimento acelerado (PAC), por isso não há um enfrentamento, confronto com o capital, porém assume-se um modelo, ambientalmente, predador dos recursos naturais.
- Lula caracteriza-se pelo ‘desenvolvimentismo’ (G. Cargas, JK, Geisel), o PAC não é um plano, mas são obras isoladas “sem a vocação de produzir mutação.” O PAC é muito pequeno perto do plano de desenvolvimento de Geisel.
- O PAC prevê obras de infra-estrutura: transposição do S. Francisco, hidrelétricas (Rio Madeira) e agro negócio (biocombustiveis), os quais dão as costas para as questões ambientais, sociais e indígenas.
- Com o governo Lula houve um aquecimento da economia: crédito farto, consumo alto, programas sociais que atingem 20% dos lares brasileiros; tornou-se o novo “pai dos pobres e mãe dos ricos”.
- Os contrastes: concentração de bens/terra e meios de produção X concentração da fome, miséria, pobreza, tiveram uma sensível redução, pois aumentou o poder de compra dos pobres, reduzindo a desigualdade de renda.
- Por outro lado verifica-se que os que sempre ganharam continuam ganhando ainda mais, basta ver o lucro dos bancos, os quais passaram a ganhar mais com o Lula do que com o FHC.
- Barragens: a produção de energia elétrica, fonte de lucros.
- O difícil acesso a: água, coleta de lixo, saneamento básico.
- A relação danosa entre consumo e meio-ambiente, pede uma mudança de mentalidade e estilo de vida. Os recursos naturais são limitados e a velocidade de exploração/consumo/produção humana é diferente da capacidade de regeneração da terra. A primeira é voraz, a outra é lenta, por tanto não são ‘reconciliáveis’.

ALTERNATIVAS:
O Brasil deveria investir na produção de alimentos e não em biocombustives (Cf. ONU, segeral). Já produz alimentos capaz de satisfazer as necessidades até 6 vezes do mínimo;
5% da riqueza das famílias mais abastadas seria capaz de reduzir a extrema pobreza;
O Brasil produz 100 milhões de toneladas de grão;
Produz 160 milhões de cabeças de gado;
A Economia Solidária;
Movimento de mulheres;
Organização de grupos; formação da juventude: grupos organizados e conscientes.
Movimentos Sociais e ecológicos;
“O lixo não produzido é o melhor lixo” – superar a falsa necessidade de consumir, principalmente o que supérfluo e descartável;
Apreender a viver com o mínimo, mudar de mentalidade, mudar de rota, rumar para o ‘decrescimento’, o que exigirá mudanças “política estruturais e também transformações pessoais”.
Controle da ância de fazer – “escutar o arroz crescer”, pensar a possibilidade do decrescimento;
Movimento indígena;
Uma nova esquerda: a “multidão” e sua capacidade ‘biopolítica’ – “O capital quer transformar a multidão numa unidade orgânica, assim como o Estado quer transformá-la num povo. Mas a produção biopolítica da multidão tende a mobilizar o que compartilha em comum contra o poder imperial do capital global. Com o tempo desenvolverá sua forma produtiva baseada no comum.” (Hartd e Negri no livro Império).

O que é PJ? (Moisés Cargnin)

A organização juvenil é bastante antiga. Em 1925 na Bélgica, Pe. Joseph Cardjin organiza jovens operários que estavam sendo explorados no seu trabalho fabril, proporcionado pela Revolução Industrial. Esse grupo passa a ser identificado como Juventude Operária Católica (JOC). No Brasil, Dom Hélder Câmara, na década de 30 introduz essa forma de trabalhar com os jovens e em 1935 criam-se as especificas: JUC, JEC.
Na década de 60, os jovens operários tiveram grande participação política frente à repressão militar, passaram, então a ser perseguidos e torturados. A Igreja também não conseguiu entender a proposta dos jovens e em 1966 a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) desfaz a JUC e a JEC. A JOC não é destituída por ter uma instituição internacional.
A partir de então a juventude é encaixada na pastoral de conjunto da Igreja. Sendo assim a Pastoral da juventude passa a integrar um setor da CNBB, responsável pelo desenvolvimento de ações conjuntas e organizadas na Igreja, tendo o jovem como protagonista de sua evangelização e de outros jovens. A PJ deve fortalecer e favorecer essa formação juvenil. Neste sentido a PJ precisa ajudar o(a) jovem a pensar, falar e decidir por si mesmo, aprofundando sua fé, dando sentido para sua vida, engajando-se na construção de um mundo melhor, enfim, toda ação organizada, seja ela reunião, celebração, festa, encontros, são pastoral. Os grupos de jovens são o grande espaço e instrumento pedagógico (formativo e educacional), pois é ai onde se desenvolvem as relações humanas e experiências organizacionais (de encontros, reuniões, passeios...).
(Um bate-papo) Poderemos reconstruir a história da PJ na diocese...lembrar fatos, pessoas, espaços...
A PJ não é responsável em:
· intervir de forma direta e ditatorial nas decisões das comunidades ou paróquias. Ela tem espaço e é parte dela;
· formar “grupinhos” fechados de amigos ou organizar-se em forma de clube.
A PJ deve atuar:
· nas comunidades de forma representativa e ativa.
· na elaboração de subsídios de estudos e aprofundamentos a respeito da vida do jovem no grupo, na escola, na comunidade e na sociedade.
· na conscientização da juventude quanto ao seu papel de cristão e cidadão na tarefa de construir um mundo justo e fraterno.
· na formação pessoal e espiritual do jovem, sendo espaço para criatividade artística, para partilha de vida pessoal e organização de serviços desinteressados à comunidade.

O que é um grupo de jovens?

(Dinâmica dos Balões: um número de balões condizente com o número de participantes do grupo. 1) Pede para que cada uma encha o seu balão. 2) Provoca um membro do grupo para tentar manter todos os balões no ar, podendo usar os pés e as mãos (certamente ele não conseguirá). Enquanto isso o(a) coordenador(a) pode ir perguntando: o que você pode fazer para conseguir? Quer Ajuda de outro(a)? Mais alguém? Ir inserindo um por vez até envolver todo o grupo. (Tendo realizado a dinâmica refletir sobre o espírito de companheirismo e entre ajuda que precisa existir no grupo.)
O grupo surge da necessidade que os jovens sentem de se encontrar para conversar sobre sua vida e sobre a vida da comunidade. Então, é importante que os jovens queiram se reunir. Sem sentirem-se pressionados.
Para existir grupo de jovens é preciso existir um sonho na juventude que leva ela se reunir. Ter sonho é ter um objetivo maior e que seja comum. Uma utopia. Isso quer dizer que não é só festa. Para se festejar, celebrar é preciso ter um bom motivo de vitória e a vitória só acontece onde existe uma luta planejada e realizada.
O grupo é espaço de partilha das necessidades, de discussão de assuntos e distribuição de tarefas que dizem respeito à comunidade. Por isso é importante que os jovens do grupo vivam numa mesma comunidade, bairro ou região.
O ato de encontrar-se é de fundamental importância para a vida do grupo. Ao encontrar-se o grupo nasce, cresce e amadurece. Isso vai dando identidade ao grupo. O encontro acontece depois de uma boa preparação que segue alguns passos:
ð Ambiente: arrumar o local do encontro com símbolos que identificam a juventude e que digam respeito ao que vai ser tratado no encontro. Observar a disposição das cadeiras.
ð Acolhida e apresentação: são elementos que ajudam a criar um clima de amizade e intimidade entre os jovens.
ð Memória: resgatar, lembrar alguns pontos e decisões importantes do último encontro, a fim de ajudar no processo e avanço das discussões do grupo. É interessante procurar saber se as tarefas distribuídas foram realizadas. Isso ajuda na educação para assumir as responsabilidades.
ð Assunto a ser debatido: esses precisam estar relacionados com a vida dos jovens (alegrias, tristezas, dificuldades, família, afetividade, escola, trabalho, comunidade, política, religião...). Ao final de cada assunto discutido é importante assumir um compromisso, uma ação concreta e realizável.
ð Oração: é o momento de rezar a vida do grupo: vitórias, problemas, dificuldades, compromissos, desafios... A criatividade, a simbologia e a Bíblia são elementos importantes. A comparação bíblica ajuda o grupo a descobrir atitudes de Jesus diante de uma situação semelhante a que está vivendo. A Bíblia é necessária para que o jovem possa assumir valores evangélicos, comparando sua vida com a de Jesus.
ð Avaliação: ajuda a melhorar encontros e contribui na criação do senso crítico dos jovens.
ð Planejamento: o que? Como? Quem? Quando? Onde? Quem?

domingo, 27 de abril de 2008

Música: Certas Coisas - Jorge Trevisol

Vou falar certas coisas que o coração não diz/ se não amar a verdade e se alma não for feliz/ É que a vida tem certas coisas, reservadas só pra depois/ quando a gente se encontrar com outras/ Que também conheceram o amor / e não há sentimento escondido, que não venha provar seu valor/ uns confundem e outros consolam, eles vêm pra dizer quem eu sou.
Vou lembrar outra coisa que também aprendi/ fechando os olhos da alma e sem querer resistir/ Não há nada sereno e seguro que não tenha passado por Deus/ Mesmo quando o caminho é escuro, há uma luz apontando pro céu/ Basta olhar como surgem as coisas, onde é que elas vão terminar se é o amor que conduz seu destino, elas são portadoras de paz.
Tenho, enfim, outra coisa/ que eu não posso esquecer/ Mesmo sem ter a certeza, mas eu prefiro dizer/ o que eu penso a respeito da vida é que um dia ela vai perguntar: “O que é que eu fiz com meus sonhos e qual foi o meu jeito de amar.O que é que eu deixei pras pessoas que no mundo vão continuar pra que eu não tenha vivido á toa e que não seja tarde demais"!!

Relatório de Avaliação do Encontro de Formação

Relatório da Avaliação do Encontro de Formação sobre a Metodologia da PJ – 19 e 20 de abril de 2008 – Local: Tenente Portela – Assessor: Moisés Cargnin

O presente relatório foi elaborado a partir das 31 folhas recebidas na avaliação de conclusão do Encontro de Formação sobre a Metodologia da Pastoral da Juventude. A avaliação prosseguiu da seguinte forma:
Continue.
Alerta, repense.
Melhorar.

Os itens a serem observados mediante esses sinais eram: Ambiente, Alimentação, Conteúdo, Assessor, Animação e Organização. Foi aberto espaço para sugestões. Segue-se os resultados.

AMBIENTE:
Verde: 80,64% -
Bom e bem organizado, legal, perfeito e bem estruturado, lugar limpo e acolhedor que passa uma boa energia espiritual, aconchegante e com destaque aos símbolos.
Amarelo: 19,36% - Falta seriedade e participação de alguns, o que vem a deixar a desejar na participação das reflexões, faltou diversidade. Precisamos repensar nossas atitudes enquanto grupo, e ter maior participação efetiva nas atividades.
Vermelho: 0% - Não há justificativa.

ALIMENTAÇÃO:
Verde: 67,74% -
Cardápio bem variado, comida bem preparada e em quantidade suficiente.
Amarelo: 29,03% - Precisa-se diversificar mais, o pão é meio “estranho”, suprir a falta de açúcar e de suco, além de aumentar a variedade de saladas. Avaliar a distribuição dos alimentos que as paróquias contribuem.
Vermelho: 3,23% - Avaliar melhor os horários e os cardápios, como por exemplo, deixar “pão e lingüiça” para a janta e não no almoço.

CONTEÚDO:
Verde: 93,54% -
Excelente, não foi repetitivo, teve temas bem variados e elaborados com clareza e entendimento, correspondeu às expectativas, pois teve linguagem acessível, idéias claras, além de se tratar de um assunto cativante e educativo.
Amarelo: 6,46% - Meio superficial e se deteve muito a política.
Vermelho: 0% - Não há justificativa.

ASSESSOR:
Verde: 87,09% -
Bem preparado e organizado, soube transmitir a mensagem. Bastante dinâmico, comparado ao “Bom Pastor” que caminha junto com as ovelhas, ou seja, que caminhou junto dos jovens durante os trabalhos.
Amarelo: 12,91% - Faltou um pouco de dinamismo e uma organização maior de tempo. Foi meio cansativo.
Vermelho: 0% - Não ha justificativa.

ANIMAÇÃO:
Verde: 61,29% -
Contribuição efetiva do Alexandre Furini; ajudou a descontrair um pouco.
Amarelo: 29,03% - Poucos subsídios e precisa mais interatividade; foi prejudicada pela falta de tempo e precisa ser providenciado novos folhetos de canto.
Vermelho: 9,68% - Pode ser incrementada; precisa mais responsabilidade da equipe e dinamismo.

ORGANIZAÇÃO:
Verde: 61,29% -
Bastante cooperação e responsabilidade; o pessoal de Tenente Portela se dedicou bastante para o sucesso do encontro.
Amarelo: 29,03% - Precisamos avaliar as saídas da sala, cumprir melhor os horários, poucas pessoas para muito trabalho, por isso meio desorganizado.
Vermelho: 9,68% - Ter mais atitude quanto a horários e aprender a respeitá-los.

SUGESTÕES: Avaliar o chimarrão na cozinha (cadê a participação no encontro); O encontro deveria ser de 3 dias; Jabuticaba é uma sugestão para próximos encontros; Criar algo para que os cursos não se tornem cansativos; Precisa-se despertar mais a consciência de cada um para o espírito de encontro; Pelo fácil acesso é melhor manter só no sábado e no domingo; Os quartos são bons, o problema é a escada; Filmes passam ótimas lições e nos ensinam muito.

AVALIAÇÃO GERAL DO ENCONTRO DE FORMAÇÃO
Verde: 75,265%
Amarelo: 20,97%
Vermelho:3,765%

Dinâmica: "O que você parece pra mim..."

Esta dinâmica pode ser empregada de duas maneiras, como interação do grupo com objetivos de apontar falhas, exaltar qualidades, melhorando a socialização de um determinado grupo.
Material: papel cartão ou ofício, canetinhas ou pincéis atômicos e fita crepe ou durex.Desenvolvimento: Cola-se um cartão nas costas de cada participante com uma fita. Cada participante deve ficar com uma canetinha. Ao sinal, os participantes devem escrever no cartão de cada integrante o que for determinado pelo coordenador da dinâmica (em forma de uma palavra apenas), exemplos:
1) Qualidade que você destaca nesta pessoa;
2) Defeito ou sentimento que deve ser trabalhado pela pessoa;
3) Nota que cada um daria para determinada característica da pessoa;
4) O que sente por essa pessoa;
Depois de algum tempo, determinado pelo coordenador da dinâmica, todos pegam os cartões que estavam colados nas costas e fazem uma síntese e reflexão sobre o que os outros integrantes do grupo pensam dele. O coordenador orienta para que cada um faça um desenho no verso da folha que represente o que os outros do grupo pensam dele. Por fim, expõe-se os desenhos e o coordenador procura refletir a importância de um grupo, do dialogo dentro do mesmo e das amizades que surgem nele.

sábado, 26 de abril de 2008

A missão do jovem

Todo jovem que se dispõe a participar da Pastoral da Juventude assume um compromisso com Jesus. Podemos estar nos perguntando: “Que compromisso é esse?”. Na verdade não é bem um compromisso, e sim uma missão: a missão de ser pastor e caminhar junto com as ovelhas. O próprio Jesus disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10, 11). Do mesmo modo que Jesus dá a vida por nós, nós ouvimos sua voz, aprendemos e caminhamos com Ele, e temos a missão de realizar o projeto de Jesus, procurando as ovelhas perdidas e orientando-as para o caminho da salvação.
Do mesmo modo que Jesus chama os 12 apóstolos pelo nome (Mt 10, 2-4), Ele também convida a cada um de nós para a realização de seu projeto. Basta a nós estarmos dispostos a ouvir e assumir a responsabilidade, pois “a messe é grande, mas os operários são poucos” (Lc 10, 2a). O que Jesus quer dizer com isso é que existe muito trabalho a ser feito, mas poucas pessoas estão dispostas a fazê-lo. Cabe a nós abrir mão de bens materiais e futilidades, descruzar os braços e começar o trabalho.
Porém, Jesus não nos envia de mãos abanando. Ele nos concede talentos, o que precisamos fazer é cultivar e produzir com esses talentos. Nem todos recebem os mesmos talentos, cada um ganha conforme a sua capacidade, mas todos têm o dever de produzir com os talentos que receber (Mt 25, 14-30).
Da mesma forma, nossa vida pode ser entendida na parábola do semeador (Mt 13, 4-9). Jesus nos dá talentos (sementes) e nós temos o dever de preparar e adubar o terreno para receber esses talentos e produzir “cem por um, sessenta por um”.
Portanto, temos muito trabalho pela frente e precisamos arregaçar as mangas, pois “muitos são os chamados e poucos os escolhidos”.
SUGESTÃO: No encontro, fazer um círculo e ler Mt 10, 2-4. Ao chegar no nome do sexto apóstolo o leitor diz o seu nome e os outros integrantes também vão falando cada um o seu nome. Após o último do círculo, o leitor conclui a leitura. Faz-se a reflexão de que Jesus também nos chama pelo nome para sermos seus apóstolos, pregadores e caminhantes do projeto de Deus.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ser e Fazer Pastoral da Juventude


"A JUVENTUDE é muito importante por ser a fase das grandes opções da vida"(Jorge Boram).

A Pastoral da Juventude é a ação dos jovens como Igreja, unidos e organizados a partir dos Grupos de Jovens. É a juventude evangelizando outros jovens em comunhão com toda a Igreja.
A PJ não é apenas uma organização ou uma estrutura como alguns ainda pensam. Na verdade, os grupos de jovens são a base desta pastoral e é no grupo e pelo grupo que a PJ acontece.
Quando o grupo busca aprofundar e viver a fé, atuar na comunidade, descobrir como transformar a realidade e, junto com os demais grupos, ser evangelizador de outros jovens, já está sendo e fazendo Pastoral da Juventude.
Os membros da PJ utilizam a metodologia do pastor, que caminha junto com as suas ovelhas, ensinando e evangelizando pelo caminho. A luta por Justiça e Fraternidade ajuda o jovem a ser e fazer Pastoral da Juventude, atuando de forma direta e efetiva na evangelização da comunidade.

PJ, o que é?

PJ ou Pastoral da Juventude é o nome dado para designar o conjunto das ações orgânicas da igreja entre os jovens, tendo os próprios Jovens como protagonistas de sua Evangelização e da Evangelização de outros Jovens, tendo nos Grupos de Base (Crisma, Catequese, grupos de Jovens, entre outros), como grande instrumento Pedagógico e uma Espiritualidade Encarnada, fazendo a síntese Fé e Vida, isto é, No Agir estão os princípios norteadores, tendo como características importantes, o constante processo e amadurecimento e revisão de experiências, a partir da prática refletida em cursos e encontros nos mais diversos níveis de atuação (Nacional, Regional, Diocesano, Comunitário...).
Em nossa Diocese de modo específico, considerando a história e a realidade de cada uma de nossas comunidades, temos por desafios primários:
Articulação do Setor com representatividade total;
Respeito e reconhecimento dos valores de cada comunidade e de cada grupo;
Perfeita compreensão da função da PJ;
Formação integral;
Espiritualidade;
Ação;
Organicidade.
A partir do atendimento destes desafios, os demais se tornarão conseqüências.
Especificamente referenciando ao terceiro desafio acima, podemos por dizer o que NÃO CABE A PJ:
Intervir diretamente nas decisões e trabalhos de cada comunidade, paróquia ou grupo, mesmo possuindo representação;
Ditar normas e procedimentos “pré-fabricados” sobre as dificuldades das comunidades, paróquia ou grupos;
Ser um “grupinho de amigos” fechado a qualquer novidade, achando se perfeitamente autônoma e poderosa;
Usar de seu poder de organização para se autopromover, tornando-se assim, um “clube”;
Ficar parada vendo o circo pegar fogo nas comunidades e no meio social, ou esperar que o mundo acabe em barrancos para morrer encostada!
Conseqüentemente podemos esperar que a PJ:
Atue nas comunidades através da PJ Comunitária conforme organograma abaixo detalhado, através da representatividade;
Elabore subsídios através de estudos e aprofundamentos das questões das comunidades e do meio social externo;
Conscientize a juventude de seu papel na comunidade e no mundo enquanto cristão e cidadão, buscando uma sociedade mais justa e fraterna;
Seja um espaço aberto para a atuação da juventude, sua criatividade artística, intelectual, espiritual e emocional;
Use o seu poder de organização para o serviço desinteressado através de auxilio dos outros movimentos ou por iniciativas próprias;
Tome posturas claras e externe-as de modo a deixar clara as intenções enquanto Pastoral cristã.
Nós da PJ Diocesana queremos estar inseridos no contexto da Diocese de Frederico Westphalen, com uma atuação encarnada e viva, nas dificuldades e alegrias que a vida urbana e rural nos impõe, propondo alternativas, soluções, meios de melhorar nosso habitat, pois é aqui que o Reino deve acontecer, é justamente onde se encontram as pessoas, onde trabalham ou não trabalham, onde moram sem morar, onde comem mas não se alimentam, onde estudam mas não aprendem, onde vivem sobrevivendo às tristezas do dia-a-dia. Precisamos de todos nesta estrada, cada um com seus passos, sua velocidade, mas caminhando na mesma direção! (Texto organizado com ajuda do Pe. Cezar – assessor da PJ).

NÍVEIS ORGANAZACIONAIS DA PASTORAL DA JUVENTUDE
PJ AMÉRICA LATINA – jovens de toda América Latina que se encontram para discutirem como fazer PJ em seus países, com suas realidades;
PJ BRASIL – jovens representantes de todas as regiões brasileiras que se reúnem para aprofundar os documentos da CNBB e propõe ações concretas para cada realidade;
PJ REGIONAL – organização das PJ Regionais (no estado);
PJ DIOCESANA – organização da PJ nas Dioceses;PJ COMUNITÁRIA e/ou PAROQUIAL – grupo base de formação da PJ (vários grupos de jovens existentes em cada paróquia).

Um pouco de História...

A história da PJ começa em 1973, ou até antes com a Ação Católica Especializada: JAC (Juventude Agrária Católica), JUC (Juventude Universitária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica) e JOC (Juventude Operária Católica). No final da década de 70 e no início dos anos 80 a Igreja vivia um período de grandes expectativas, pois os sínodos de Medellin e Puebla trouxeram novos ares para a ação pastoral com a opção concreta pelos pobres e pelos jovens.
Esta opção possibilitou ampliar o trabalho que vinha sendo desenvolvido com a juventude para a construção de uma proposta mais orgânica. Assim, a PJ inicia definindo como missão: Somos jovens, cristãos, católicos, organizados como ação da Igreja evangelizando outros Jovens, para que, capacitados, atuemos na própria Igreja e nos movimentos sociais visando a transformação da sociedade em todo o Brasil.
As dioceses passaram então a organizar a evangelização dos jovens em pequenos grupos (entre 12 a 25 jovens) e/ou reconhecer os já existentes. Para melhor acompanhar a organização e formação dos jovens, iniciou-se a articulação de encontros nacionais com o propósito de melhorar a comunicação e proporcionar o intercâmbio e a sistematização de experiências.
Esses encontros, que depois se tornaram assembléias, foram momentos ricos de reflexão sobre o acompanhamento dos jovens para a vida em grupo. A partir dessas experiências, surgem os Seminários para Assessores, que serviram como laboratório e espaços de reflexões importantes como: o Processo de Formação na Fé, a Metodologia de Trabalho com Jovens, as Políticas Públicas de Juventude, o Planejamento da Ação Pastoral, a Missão, e tantas outras discussões.
Nesta caminhada de 22 anos, a organização da PJ esteve sempre atenta aos gritos e necessidades das diferentes realidades juvenis e à sua forma de se organizar.
Assim, valorizou e incluiu novas experiências de trabalho com a juventude a partir de seu meio específico:
PJ Rural, PJ Estudantil e PJ do Meio Popular. Essa realidade lhe exigiu uma nova forma de se articular e se organizar, levando-a a reorganizar sua metodologia para chegar aos adolescentes e jovens. A PJ está organizada em todas as regiões e estados do Brasil, com cerca de trinta mil grupos de jovens. Sua organização é por regional, conforme a da CNBB, composta por 17 regionais.
Cada regional tem sua organização própria com sua Coordenação Regional e Comissão de Assessores. Muitos regionais têm sua secretaria e equipe executiva. CNPJ A Comissão Nacional da Pastoral da Juventude (CNPJ) - é composta por um representante de cada regional. Esta comissão tem o papel de ser articuladora, animadora e elo de ligação da PJ e regionais. É ela que pensa o projeto financeiro e encaminha as decisões da reunião ampliada, dos encontros nacionais e da Pastoral da Juventude do Brasil (PJB). Também delibera sobre questões gerais de comunicação e encontros.