terça-feira, 6 de maio de 2008

ESCOLA DA JUDENTUDE – PJ 2008

- Mística
- Apresentação: Motivar a dinâmica do ‘terremoto’. Quem fica fora imita um animal indicado pelo grupo. Depois de um tempo de brincadeira o ‘trio’ (parede e inquilino) entrevistam-se entre si, perguntando: nome; cidade; se é do meio urbano, rural ou estuda; que grupo participa; qual idéia de Pj que tem; o que espera da escola.
- Análise de conjuntura: perceber o mundo que nos rodeia; sentir a realidade juvenil da diocese e brasileira; (dinâmica de pequenos grupos que conversam e elaboram manchetes – pode ser uma em nível nacional, outra regional e uma diocesana).
- Como vemos nossa realidade? Quais são as causas?
- Que conseqüências tem para nossa vida?
- Quais são as perspectivas? Existe saída? Sonhos de mudança?

CAUSAS:
- Pensamento único: fora do mercado não há vida (capitalismo, neoliberalismo orientam: disciplina fiscal, reforma tributária, taxa de juros, taxas de câmbio, abertura comercial investimento direto estrangeiro, privatizações...).
- Estado mínimo: retirar o Estado das atividades e dar total liberdade ao mercado (privatização – a INFRAERO, saúde e educação, principalmente os bancos: Caixa Federal e Banco do Brasil), mas que o Estado sirva de aparato defensivo ao capital (militarização) – cf. sítio do IHU (Instituto Humanistas Unisinos).
- O novo plano é ter o mínimo de regularização e por limites na liberdade do mercado.
- Poder financeiro “senhor” do mundo. É a locomotiva do Estado. Segundo Hollway, “a tomada do Estado como ponto de partida para mudar as coisas é uma luta perdida desde o inicio” (segeral@mst.org.br). Para ele a relação de poder é muito complexa. O Estado é um conjunto de relações de poder (força). Porém, quem detém o Estado não detém o poder, mas precisa lidar com as relações de poder.
- Impunidade (CPIs deram em que!);
- A política é palco de luta pelo poder econômico e não mais de denuncias e transformações; a política (tudo) esta subordinada a economia: “A economia colonizou a política”.
- Os problemas sociais (fome, desemprego, saúde, educação, indígenas, natureza...), não estão em pauta, mas sim o lucro financeiro;
- Para o presidente Lula é bom que o sistema financeiro esteja bem. Diz ele: “Graças a Deus o sistema financeiro esta ganhando”.
- Há uma confusão/ um embaralhamento entre direita e esquerda;
- Drogas, o poder do narcotráfico;
- A lei do mercado, oferta<-> procura, produção <-> necessidade;
- Desemprego;
- Corrupção;
- Dívida social;
- Falta vontade política para resolver, estruturalmente, os problemas brasileiros. O Brasil esta preocupado com o crescimento acelerado (PAC), por isso não há um enfrentamento, confronto com o capital, porém assume-se um modelo, ambientalmente, predador dos recursos naturais.
- Lula caracteriza-se pelo ‘desenvolvimentismo’ (G. Cargas, JK, Geisel), o PAC não é um plano, mas são obras isoladas “sem a vocação de produzir mutação.” O PAC é muito pequeno perto do plano de desenvolvimento de Geisel.
- O PAC prevê obras de infra-estrutura: transposição do S. Francisco, hidrelétricas (Rio Madeira) e agro negócio (biocombustiveis), os quais dão as costas para as questões ambientais, sociais e indígenas.
- Com o governo Lula houve um aquecimento da economia: crédito farto, consumo alto, programas sociais que atingem 20% dos lares brasileiros; tornou-se o novo “pai dos pobres e mãe dos ricos”.
- Os contrastes: concentração de bens/terra e meios de produção X concentração da fome, miséria, pobreza, tiveram uma sensível redução, pois aumentou o poder de compra dos pobres, reduzindo a desigualdade de renda.
- Por outro lado verifica-se que os que sempre ganharam continuam ganhando ainda mais, basta ver o lucro dos bancos, os quais passaram a ganhar mais com o Lula do que com o FHC.
- Barragens: a produção de energia elétrica, fonte de lucros.
- O difícil acesso a: água, coleta de lixo, saneamento básico.
- A relação danosa entre consumo e meio-ambiente, pede uma mudança de mentalidade e estilo de vida. Os recursos naturais são limitados e a velocidade de exploração/consumo/produção humana é diferente da capacidade de regeneração da terra. A primeira é voraz, a outra é lenta, por tanto não são ‘reconciliáveis’.

ALTERNATIVAS:
O Brasil deveria investir na produção de alimentos e não em biocombustives (Cf. ONU, segeral). Já produz alimentos capaz de satisfazer as necessidades até 6 vezes do mínimo;
5% da riqueza das famílias mais abastadas seria capaz de reduzir a extrema pobreza;
O Brasil produz 100 milhões de toneladas de grão;
Produz 160 milhões de cabeças de gado;
A Economia Solidária;
Movimento de mulheres;
Organização de grupos; formação da juventude: grupos organizados e conscientes.
Movimentos Sociais e ecológicos;
“O lixo não produzido é o melhor lixo” – superar a falsa necessidade de consumir, principalmente o que supérfluo e descartável;
Apreender a viver com o mínimo, mudar de mentalidade, mudar de rota, rumar para o ‘decrescimento’, o que exigirá mudanças “política estruturais e também transformações pessoais”.
Controle da ância de fazer – “escutar o arroz crescer”, pensar a possibilidade do decrescimento;
Movimento indígena;
Uma nova esquerda: a “multidão” e sua capacidade ‘biopolítica’ – “O capital quer transformar a multidão numa unidade orgânica, assim como o Estado quer transformá-la num povo. Mas a produção biopolítica da multidão tende a mobilizar o que compartilha em comum contra o poder imperial do capital global. Com o tempo desenvolverá sua forma produtiva baseada no comum.” (Hartd e Negri no livro Império).

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